Monday, December 12, 2011

O Natal Comemorado Pelo Mundo

Aqui em casa não comemoramos Natal, não montamos árvore e nem fazemos ceia (além da preguiça, eu não sei e não gosto de cozinhar), mas acho interessante saber como outros países comemoram essa data. As informações foram copiadas na íntegra deste site.

BRASIL: Comemorado a partir do século XVII, o Natal brasileiro era uma mistura de tradições nativas com portuguesas e era representado por uma espécie de “barraca de natal” montada à frente da capela do engenho. Nela havia um presépio com de figuras de barro armado pelos senhores e escravos e doces e salgados feitos pelas cozinheiras escravas.

CHINA: Mesmo com uma população de 1,2 milhão de cristãos, dentro de um universo que ultrapassa 1.3 bilhão de chineses, o Natal começa a despontar, incorporando-se aos costumes da China contemporânea. Já podem ser vistos papais noéis nas grandes lojas de departamentos das principais cidades do País, ocorrendo, inclusive, a venda de cartões natalinos e de presentes.

JAPÃO: Lá os costumes ocidentais vivenciados na época natalina, que têm relação direta com às tradições religiosas, não possuem grande importância.

PORTUGAL: Os portugueses festejam a véspera natalina com uma ceia de  bacalhau, acompanhamentos e vinho branco chamada de consoada. Aí, participam da missa à meia noite e no dia de Natal, comem cordeiro ao forno.

ISRAEL: A peregrinação a Belém e a Igreja da Natividade (onde acreditam ser o local exato onde Jesus nasceu e onde é celebrada missa na noite de Natal) é o ponto alto dos cristãos que vivem neste país.

POLÔNIA: Mais poéticos, os poloneses comemoram o Natal quando a primeira estrela surge no horizonte na noite do dia 25 de dezembro, quando então é servida a refeição. Como não comem carne nesta noite, sua cheia é repleta de paplotélis ou oblátik, uma espécie de hóstia ou pão ázimo.

ALEMANHA: Na Alemanha, é costume, quatro domingos antes do dia 15, montar a Coroa do Advento, guirlanda de galhos verdes com quatro velas. Então, a cada domingo, uma vela é acesa pela família, nas residências. Os enfeites variam de região, podendo ser estrelas de palha ou bonequinhos de madeira.

MÉXICO: No México, realizam-se procissões todas as noites, desde o dia 16 de dezembro. Brinca-se também com la piñata - recipiente que recebe decoração de pássaro, avião ou boneca, contendo doces e balas e que fica pendurado em um galho de árvore.

FRANÇA: Nesse país não pode faltar o patê de foiegras, o peru e o “bûche de Noel” (um rocambole recheado de chocolate em forma de um tronco de árvore). Já nos vilarejos do interior do país, a cozinha saborosa do campo e o teatro medieval são partes marcantes.

HOLANDA: Os holandeses comemoram o Natal no dia 6 de dezembro, Dia de São Nicolau (santo que teria inspirado o Papai Noel).

ESPANHA: Em Madri, montam-se presépios humanos com pessoas substituindo as tradicionais figuras. Já nas cidades interioranas, as crianças saem às ruas cantando e tocando para pedir doces nas casas. Porém, a troca de presentes só ocorre no dia 6 de janeiro.

PAÍSES MUÇULMANOS: Os muçulmanos não comemoram o Natal, já que consideram Jesus Cristo apenas como um profeta comum.

Observação minha: falei esta semana com uma amiga muçulmana, que veio para o Canadá aos 18 anos. Ela disse que a família inteira comemora o Natal para reunir a família. Esta tradição começou com a vizinha armênia que eles tinham lá no Iran. Segundo minha amiga, ela via toda aquela festa na época de dezembro e a mãe não conseguia convencê-la de que aquilo não pertencia ao mundo muçulmano deles. Um dia, a vizinha armênia os convidou para uma ceia de Natal, e desde então toda a família da minha amiga comemora a data.


Friday, December 9, 2011

A Gorda e a Magra

Não é de hoje que a mulher brasileira é conhecida por sua beleza. Também não é novidade sua obsessão em busca de uma beleza perfeita mostrada em filmes e revistas. Com a vulgarização do Photoshop, esta beleza "perfeita" tornou-se ainda mais inatingível, levando muitas adolescentes para a mesa de cirurgia plástica em casos bem-sucedidos, e sabe-se lá para onde em caso contrário. A obsessão é tamanha que, segundo um estudo que li há algum tempo, cerca de 130 mil crianças (sim, você leu crianças) e adolescentes se submeteram a algum tipo de cirurgia plástica em 2009.

No entanto, os hábitos alimentares destas mesmas crianças e adolescentes não contribuem para a manutenção de uma silhueta magra. Os fast foods e as comidas industrializadas, cheias de conservantes e outros produtos químicos, têm criado uma sociedade obesa. Junte-se a isso a quase total ausência de atividade física. Não é de surpreender que cirurgiões plásticos andem tão ocupados.

Sendo mulher e não fazendo parte do grupo que veste 36/38 (a vida inteira fiquei entre 40/42, chegando a 46/48 em uma época em que fiquei doente), sempre senti esta cobrança de ser magra; cobrança esta que não vem somente dos outros, mas de mim também, afinal, foi assim que fui criada. Com apenas alguns dias no Canadá percebi que aqui é um pouco diferente. A começar pelas repórteres na TV e as moças (já nem tão moças assim) que anunciam a previsão do tempo. No primeiro caso, é comum ver repórteres bem acima do peso aparecendo no horário nobre na TV. Quanto às moças da previsão do tempo, muitas já estão na casa dos 40 anos. Quando é que você vê este tipo de coisa na TV brasileira, principalmente na Globo? Jamais! Todo mundo é magro, jovem, e bonito na TV. Se não for magro, em pouco tempo as emissoras dão um jeito de cortar as gordurinhas extras. Quem aí se lembra da Angelica, na Manchete, e da Ana Maria Braga, na Record? Ambas devem ter perdido mais de 30 quilos juntas ao irem para a Globo.

Nas ruas de Toronto é comum encontrar pessoas obesas de todas as idades. Algumas com mais idade (mais de 40 anos, eu diria), chegam a andar em um tipo de scooter porque não conseguem mais sustentar o peso do próprio corpo. Não é difícil encontrar estas mesmas pessoas fazendo refeições diárias em redes de fast-food, regadas a refrigerante de tamanho extra grande. Sempre ouço dizer que nos Estados Unidos a situação é ainda pior. O que acontece com estas pessoas? Onde está o culto ao corpo? Será que ele é preocupação exclusiva das brasileiras?

Na verdade, não. Percebi que na América do Norte, em geral, as pessoas são mais relaxadas com a aparência e que o conceito de " magro"  para eles é diferente do conceito brasileiro. Aqui, por exemplo, ninguém diz que estou gorda ou acima do peso, mas quando vou ao Brasil, minha própria família diz que seria bom eu perder alguns quilos. Para ficar magra do jeito que eles acham que deve ser, eu deveria perder uns 10 quilos, e desta maneira entrar em uma calça 38. Se eu decidisse trabalhar na TV, provavelmente teria que perder mais uns 10 quilos.

Parece simples falar, mas é muito difícil romper paradigmas. Felizmente, moro em um país com menos cobranças, e quando digo que estou gorda, mais do que prontamente escuto "You look great". É, talvez eu esteja ótima mesmo e essa coisa de gordurinha em excesso é coisa que colocam na sua cabeça (e na sua barriga, pernas, coxas, e onde mais couber).
;)